As escolas estão se transformando bastante nos últimos anos para se adaptar a um mercado mais competitivo e tecnológico. No entanto, é necessário que essas mudanças aconteçam de maneira estratégica, de acordo com os objetivos da instituição. Nesse sentido, o planejamento escolar se tornou uma ferramenta fundamental para os gestores.
Trata-se de um documento com uma estratégia para um período letivo, que serve para nortear as decisões nas escolas. Dessa forma, contribui para um melhor cumprimento das diretrizes pedagógicas, deixando os professores e colaboradores mais comprometidos e engajados.
Ainda não faz o planejamento escolar na sua instituição? Quer entender como funciona? Então, continue lendo e veja como desenvolvê-lo de maneira eficiente!
O que é o planejamento escolar?
Qualquer escola já está acostumada a lidar com alguns documentos que orientam o trabalho na instituição. Entre eles está o Projeto Político Pedagógico (PPP), usado para planejar e avaliar as decisões a serem tomadas em relação ao ensino. É nele que constam a missão, a visão e os valores da escola, além das diretrizes pedagógica e de todos os recursos a serem utilizados.
Assim, é um documento complexo e abrangente, que serve como o fundamento de cada instituição. Porém, é importante não confundir o PPP com o planejamento escolar, que consiste em um plano elaborado todos os anos, voltado para orientar o funcionamento pedagógico da escola em cada ano letivo. Ou seja, é mais específico e técnico, contendo:
- calendário escolar;
- composição das turmas;
- horários das aulas por disciplina e professor;
- projetos pedagógicos para o ano letivo;
- conteúdos e atividades extracurriculares;
- entre outros assuntos.
O planejamento escolar deve ser consultado sempre que necessário durante todo o ano letivo. Ao final do período, ele deve ser analisado e avaliado de acordo com a sua funcionalidade. Ele servirá de base para a formação de um novo documento, que será usado no ano seguinte.
No entanto, isso não quer dizer que ele não possa ser alterado durante sua vigência. Pelo contrário, é fundamental que ele sirva de base para possíveis mudanças, amparando as decisões nas escolas e ajudando na antecipação de problemas.
Além disso, é importante destacar que existem dois tipos de planejamento escolar. No modelo participativo, todos os integrantes da escola, como professores, funcionários, pais e alunos, contribuem para a elaboração do documento. Já no estratégico, as decisões são centralizadas de acordo com os objetivos da escola. Ou seja, a instituição é percebida como uma empresa, em que é preciso buscar bons resultados.
Quem é responsável pelo planejamento escolar?
O planejamento escolar estratégico é o modelo mais utilizado nas escolas particulares. Apesar de o gestor ser o grande responsável pela sua elaboração, ele não é o único a participar desse processo.
O fato é que o envolvimento de diferentes pessoas na construção do planejamento é muito interessante. Afinal, é possível entender melhor necessidades e opiniões diferentes e buscar soluções que atendam a todos. Assim, é sempre bom contar com a participação dos pais e dos professores, ainda que a decisão final fique a cargo dos gestores.
Qual a importância de fazer um planejamento escolar?
O planejamento escolar não deve ser visto como uma burocracia dentro das escolas. Pelo contrário, ele é uma ferramenta essencial para trazer mais dinamismo à tomada de decisões, dando mais segurança aos gestores. Isso é ainda mais necessário em momentos de grande instabilidade.
Um bom exemplo disso é que, recentemente, os gestores tiveram que se ajustar a uma realidade ainda mais desafiadora, devido à pandemia do coronavírus. O modelo de ensino remoto foi adotado como alternativa às aulas presenciais, sendo que agora a proposta é de um modelo híbrido na maioria das instituições.
Nessa nova realidade, as escolas precisaram se transformar rapidamente para atender a novas necessidades. Essa transição pode ser bem mais tranquila para as instituições que conseguem ter uma visão mais completa sobre a sua estrutura e o seu funcionamento, que estão bem desenhados no planejamento.
Como elaborar um bom planejamento?
Já citamos alguns elementos que não podem faltar em um planejamento escolar, como o calendário das disciplinas e a formação das turmas. Mas como desenvolvê-lo na prática? Bom, isso pode variar bastante de uma escola para outra, dependendo dos objetivos da instituição e outras variáveis. De todo modo, podemos destacar as dicas a seguir.
Faça uma análise dos dados anteriores
A cada ano letivo, o planejamento anterior servirá de base para a construção do documento seguinte. Isso ajuda a compreender o que deu certo e tudo aquilo que pode melhorar ou não trouxe bons resultados.
Para tanto, é necessário analisar os indicadores de cada ano, verificando as ações que fora efetivas. Também podem ser utilizados resultados de pesquisas de satisfação para os professores, os alunos e os pais, entendendo o ponto de vista de cada um sobre questões estratégicas.
Aplique melhorias no planejamento
A partir da análise de resultados, é hora de propor melhorias. Pode ser qualquer coisa necessária, desde a troca dos materiais didáticos e uma reforma nos banheiros até a adoção de novas tecnologias e a revisão do calendário escolar. Ou seja, é importante aplicar mudanças que tragam melhores resultados no ano letivo seguinte.
Faça um cronograma de atividades
Aqui é bom não confundir com o calendário escolar, que é um cronograma das aulas no período letivo. Estamos nos referindo a um planejamento das datas para a realização de outras atividades e à implementação de medidas que ajudem a escola a atingir os seus objetivos. Entre essas atividades, podemos destacar a própria elaboração de um novo planejamento escolar, além das reuniões pedagógicas e do período para a realização de alguma mudança.
Estabeleça metas
As metas são essenciais para o desenvolvimento da escola, pois estimulam o alcance de melhores resultados. Assim, é importante determiná-las no planejamento escolar, servindo para orientar as ações dos gestores. Podem variar de acordo com a instituição, por exemplo, “aumentar o número de alunos em 10%” ou “reduzir a reprovação nas disciplinas em 15%”. No entanto, essas metas devem sempre ser realistas, dentro da capacidade de cada escola e em um tempo hábil para a sua realização.
Conte com novas tecnologias
Algumas ferramentas ajudam bastante na hora de processar os dados, montar o calendário escolar e monitorar os resultados do planejamento. Por isso, é bom investir em novas tecnologias que contribuam para uma maior eficiência na gestão escolar.
O fato é que um bom planejamento escolar contribui para uma melhor organização da instituição de ensino, orientando a rotina de todos os envolvidos. Os gestores conseguem ter um suporte para tomar decisões sobre o futuro da escola, obtendo melhores resultados como um todo.
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