É verdade que o uso da língua implica a interação entre falantes, mas existem algumas situações em que essa característica, presente no diálogo, deve ser evitada.
Pensando nisso, este texto apresenta o conceito de marcas de oralidade, bastante comuns nas conversas corriqueiras e menos privilegiadas nos textos formais.
Adiante, você entende, também, quais são os fatores — culturais, regionais, naturais e contextuais — que afetam as marcas de oralidade, percebe em que situações investir nesse recurso e em que momentos é melhor evitar o uso dessa modalidade. Continue a leitura e aprenda mais sobre o assunto!
O que são as marcas de oralidade?
A oralidade é uma modalidade da língua realizada pelos falantes em diálogos, sendo caracterizada pela efemeridade e pela irrepetibilidade, tendo, normalmente, um vocabulário menos cuidadoso em relação à forma escrita, que tende a seguir a norma culta do português brasileiro.
Dessa forma, as marcas da oralidade estão em abreviações, gírias, expressões menos privilegiadas, prosódias (entonações ou acentuações da fala) e erros de português (concordância verbal, regência nominal, ortografia, pontuação, entre outros).
Que fatores afetam as marcas de oralidade?
As marcas de oralidade são bastante afetadas pelos fatores regionais, que são expressões muito comuns para falantes de determinada região, e culturais, que dependem do grau de escolarização e têm a ver com o conhecimento de mundo.
Ao mesmo tempo, essa modalidade é influenciada por causas contextuais (a situação na qual a fala é produzida implica um tipo de linguagem específico) e naturais (fatores como a idade e o gênero do falante podem afetar a forma de produzir a oralidade).
Em que situações é ideal evitar esse recurso?
De forma geral, marcas de oralidade devem ser evitadas ao escrever um texto formal. Principalmente em uma redação para vestibular, como a da prova do Exame Nacional do Ensino Médio, que requer o gênero dissertativo-argumentativo e pede para o candidato evitar o uso de gírias e abreviações.
Além disso, é importante evitar na modalidade escrita da língua, que privilegia a norma culta, o uso de interjeições (“ah, esse tema é essencial para a sociedade!”) e de verbos no modo imperativo, os quais evidenciam a interação com o leitor.
Quando a oralidade pode se tornar uma boa adição ao texto?
A oralidade é uma modalidade mais fluida da língua, gerando uma interação e uma identificação maior entre os sujeitos falantes. Por isso, adicionar esse tipo de marca pode ser uma qualidade em textos informais. Naqueles que podem ter variações em relação à norma culta e devem empregar um ritmo mais dinâmico à linguagem.
Em todo caso, você deve se lembrar de que a prática constante da linguagem é a melhor alternativa para desenvolver textos cada vez melhores. O Redação Nota 1000 tem uma técnica aprovada pelo Ministério da Educação para o exercício e a correção textual, com resultados aplicados no ensino médio e testados pelos melhores candidatos do Enem.
Neste post, você descobriu o que são as marcas de oralidade, um conceito que é observado no uso mais corrente da língua, principalmente no emprego de abreviações, gírias, regionalismos e expressões menos privilegiadas. Nesse sentido, a modalidade deve ser evitada em contextos mais formais da língua, nos quais a gramática normativa orienta a produção de linguagem.
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