Como melhorar o ranking da minha escola sem perder a qualidade de ensino? Certamente você já se fez essa pergunta, especialmente nos meses de divulgação dos dados do Ideb.
Veja abaixo algumas informações e dicas de como implantar mudanças na sua escola.
A divulgação das escolas com a melhor pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começou em 2005. Ao torná-la pública, o MEC acirrou a competição entre as instituições de ensino, que passaram a ser avaliadas pelo desempenho dos alunos. Hoje, os dados permitem que os pais saibam não apenas as notas gerais, mas por disciplina, auferindo até os pontos fortes e fracos de cada instituição.
A primeira inciativa prática para melhorar o desempenho dos alunos é ter um diagnóstico mais detalhado que o divulgado pelo MEC, com o objetivo de descobrir quais são as dificuldades reais dos alunos. Esse raio-X irá apontar quais os pontos mais importantes a serem melhorados, ajudando o gestor a customizar soluções eficientes para saná-las.
A proposta do Enem é bastante diversa dos outros vestibulares. Ela avalia a capacidade de o aluno resolver situações e problemas a partir do conhecimento adquirido em todo o Ensino Médio. Não se trata de uma prova de memorização, mas de contextualização do conteúdo. Interpretação de texto, correlação de conteúdo de disciplinas diferentes, conhecimento dos principais problemas políticos e econômicos são algumas das habilidades avaliadas.
As escolas com as melhores pontuações, em geral, possuem ferramentas de análise de dados e de estatísticas com o desempenho dos alunos ao longo do tempo. Elas permitem aos gestores descobrir se o planejamento pedagógico está sendo eficiente ou não. A base está na tecnologia específica.
Avaliação interna e externa
As provas internas, como as bimestrais, ajudam os gestores e professores a avaliar o cotidiano dentro da sala de aula. Eles conseguem saber o quanto os alunos estão aproveitando o conteúdo ensinado e como reprogramá-lo, caso o resultado não indique um bom desempenho.
Se as escolas querem avaliar dados específicos, como as habilidades exigidas na prova do Enem, são necessárias análises externas que permitam a avaliação individual do aluno, do grupo e o ranking dos participantes. Uma saída é recorrer às empresas especializadas nesse tipo de provas. Ou criar um departamento interno na escola especializado, o que exige investimento e treinamento contínuo.
Treinar habilidade específicas
É cada vez maior a oferta plataformas –aprovadas pelo MEC–, especializadas a desenvolver habilidades específicas exigidas pelo Enem. A Redação Nota 1000 é um bom exemplo. Ela corrige as redações de forma estruturada, de acordo com os critérios do Enem. O aluno pode escrever no tablet, no smartphone ou simplesmente escanear e enviar a redação escrita à mão pela site.
A Redação Nota 1000 trabalha com professores experientes, que corrigem os textos e devolvem comentários detalhados aos autores das redações. O aluno tem como perceber seus pontos altos e baixos. Quanto maior for sua adesão, melhores serão os resultados alcançados. O gestor consegue medir o desenvolvimentos dos alunos e reforçá-los com maior efetividade.

Conteúdo interativo.
Outra dica complementar são as empresas especializadas em conteúdo digital interativo por disciplina. O recurso é interessante uma vez que os jovens estão imersos na tecnologia. Hoje, a maioria deles resolve os problemas da vida diária com ajuda de aplicativos específicos– seja para pedir o táxi pelo Uber ou marcar com os amigos para sair pelo WhatsApp.
Usar a mesma linguagem pode ser um grande incentivo. Em 2017, foram baixados 175 bilhões de aplicativos, segundo pesquisa do App Annie, companhia americana de dados. O Brasil é o quarto maior consumidor. Perde para a China, Índia e Estados Unidos. Muitos desses apps são voltados para a educação. Mas como o universo digital é imenso, caberia a escola dar uma lista de apps que de fato poderiam auxiliar os alunos a se prepararem para as provas.
Lembrem-se, que antes disso, os professores precisam ter passado por um treinamento adequado para saber lidar, valorizar e ainda tirar dúvidas sobre o funcionamento e o conteúdo oferecido nesses aplicativos. Em outras palavras, os professores precisam ser tão ou mais digitais que os estudantes.
Como melhorar o ranking minha escola de forma simples
Os professores podem criar políticas de incentivo para que os alunos participem de atividades extras de reforço, por exemplo.
1. Dê atenção à redação. Boa parte do sucesso no ENEM e no SISU está relacionado ao êxito dos estudantes na redação. Invista em oficinas de texto, ofereça orientação direcionada e organize concursos de redação entre os alunos.
2. Os gestores devem apostar na parceria entre professores e alunos
3. Acompanhar os alunos fora da vida acadêmica, principalmente aqueles que possuem problemas familiares ou mesmo de aprendizagem
4. Estimular a criação de projetos de grupos de estudo de alunos para o Enem e destacar professores para auxiliar
5. Oferecer palestras extra-curriculares sobre assuntos pertinentes principalmente aos alunos do último ano do Fundamental, como palestras sobre a concorrência do mercado de trabalho, por exemplo, ou ainda sobre a importância de administrar bem a agenda do dia para aproveitar o tempo.
6. Discutir temas como drogas, convívio familiar e sexo também ajudam na orientação familiar e dos alunos. As escolas precisam ter uma visão mais holística do adolescente. Equilíbrio emocional, vida saudável e boa convivência escolar e familiar contribuem para no desempenho.
7. Reconheça os melhores alunos em desempenho e esforço
8. Capacite os professores
9. Não esqueça de treinar ortografia. Muitos alunos perdem pontos porque possuem caligrafia incompreensível.