Evolução do ENEM
O ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio – nasceu em 1998 com o objetivo de verificar o nível dos alunos que saem das escolas brasileiras. Desde então, o exame vem evoluindo e se transformando não apenas no maior sistema de avaliação do Ensino Médio do país, mas também na principal porta de entrada para faculdades e universidades Brasil afora. Adicionalmente, é por meio dele que os alunos têm acesso a programas de financiamento estudantil como o Prouni e o Fies, peças fundamentais ao projeto nacional de desenvolvimento e universalização do ensino superior.
A Redação do ENEM também evoluiu bastante até chegar no modelo atual, com proposta de intervenção obrigatória e um sistema complexo de avaliação, que mobiliza, todos os anos, um exército de corretores (alguns milhares). Não por acaso, essa evolução se deu na mesma medida em que o exame ganhou relevância na definição do futuro dos alunos no Ensino Superior.
QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DO ENEM (E DA REDAÇÃO) DO EXAME
O ano de 2009 pode ser considerado um divisor de águas na história do ENEM. Foi a partir dali que as universidades federais passaram a utilizar o exame como parte importante de seu processo de seleção, senão como o próprio processo. A redação, por sua vez, representa entre 20% e 40% do resultado dos alunos – chegando a 50% em alguns casos específicos – e pode definir a sorte dos candidatos, para o bem e para o mal. Zerar na redação também é altamente desaconselhável, posto que muitas instituições e mesmo alguns sistemas de financiamento consideram essa situação como eliminatória.
Hoje, a redação mais temida do país considera cinco competências em seu processo de avaliação, que serão debatidas aqui neste blog, futuramente, uma a uma. Daremos destaque para a 5ª competência – a Proposta de Intervenção – que é uma exclusividade do ENEM e coleciona tanto críticos quanto admiradores no meio pedagógico.
QUADRO 2 – DISTRIBUIÇÃO DE NOTA DE REDAÇÃO NO ENEM 2015
Enfim, o exame, apesar de receber críticas desde o seu nascimento, já ocupa o lugar de uma das mais importantes ferramentas de avaliação da educação nacional, a principal do Ensino Médio, assim como o de grande vestibular do país. Certamente, muito ajustes e melhorias ainda podem ser feitos, mas é certo que não há mais como imaginar a educação brasileira sem o seu mais querido (e odiado) exame!